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A dinâmica da Ferrugem nas plantas guaxas e a situação em Mato Grosso

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Defesa Agrícola

A dinâmica da Ferrugem nas plantas guaxas e a situação em Mato Grosso

Semana passada encerramos mais uma rodada de levantamento de ocorrência de plantas guaxas de soja nas principais regiões produtoras


Créditos: Wanderlei Dias Guerra

16 de Agosto de 2018

Wanderlei Dias Guerra*

 

Semana passada encerramos mais uma rodada de levantamento de ocorrência de plantas guaxas de soja nas principais regiões produtoras de Mato Grosso. Estivemos em Campo Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis, Alto Garças e toda a Serra da Petrovina, Alto Araguaia, Alto Taquari, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Diamantino, Deciolandia, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Campos de Júlio.

 

Também passamos por outros municípios, mas estes foram os principais, aqueles que achamos mais guaxas. Destaque para cidade limpa, avenidas e ruas bem cuidadas vai de novo para Lucas do Rio Verde.  Primavera do Leste também melhorou muito! Por outro lado, tem cidades onde a soja guaxa, vamos falar só dela e deixar o mato do lado, parece ter sido semeada.  

 

É importante entender a dinâmica da ferrugem nas plantas guaxas. Com as primeiras colheitas, já no final de dezembro e início de janeiro, começam a cair grãos pelas estradas e cidades. É ali que se instala anualmente o problema. Este é um ciclo que permanece ativo durante praticamente o ano todo.

 

Enquanto há chuvas, a ferrugem que está nas lavouras se dissemina para as guaxas e, sem qualquer controle, se mantem ativa e disseminando para as plantas vizinhas e, dali, para as lavouras. A ferrugem das lavouras também se dissemina para as guaxas num ciclo permanente de "troca" de inóculo. 

 

Os plantios tardios, especialmente os que tem ocorrido no final de dezembro, tendem a agravar esta situação, pois trata-se de um inóculo ainda mais virulento, aquele que "escapou" de várias aplicações na safra e também nestes plantios tardios. As guaxas tendem a hospedar este fungo mais virulento que vai se disseminar para a safra seguinte. 

 

Com o início da seca, em abril e maio, a ferrugem estabiliza seu ciclo, mas se mantem ativa nas folhas do baixeiro e nas folhas secas caídas ao solo. Algumas plantas, pela deficiência hídrica, aprofundam seu sistema radicular, se tornam semi-perenes e mantem ferrugem no baixeiro por muito mais tempo. É esta ferrugem que encontramos nesta fase do ano.

 

Qualquer umidade é suficiente para estas plantas rebrotarem e se manterem vivas por toda a entressafra. O mesmo vai acontecendo com as plantas mais novas que vão nascendo lado a lado. As mais novas, via de regra, não têm ferrugem, mas permanecem vivas próxima de plantas mais velhas que tem o inóculo nas folhas de baixo. Às vezes, esta guaxa "neta" é filha desta outra guaxa mais velha. Ao se estabilizarem as chuvas e se iniciarem os plantios, esta ferrugem sobe para as folhas superiores das guaxas, passa para as mais novas vizinhas e dali se disseminam para as lavouras. Por esta razão, não tenho dúvida que o inóculo que chega na região é local, fica ativo durante o vazio sanitário bem próximo das lavouras que serão semeadas. 

 

Sorriso, Sapezal, Sinop, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Alto Araguaia foram os locais que mais tem plantas de soja voluntária nas ruas e avenidas.  

 

Os casos mais graves, no entanto, pela presença de guaxas com ferrugem esporulando, foram encontrados em Campos Novo do Parecis, Sinop, Sapezal, Campo Verde, Alto Araguaia e Campos de Júlio (com menos guaxas). 

 

Foram coletadas amostras para análise da mutação I86F, sensibilidade ao Protioconazol e em breve divulgaremos os resultados. Fiquem atentos, pois na entressafra passada amostragem igual a esta feita no vazio sanitário refletiu exatamente o que aconteceu na safra 17/18.

 

A Aprosoja MT, por meio do presidente Antonio Galvan, tem informado isto aos Sindicatos Rurais e sugerido ação conjunta com as Prefeituras para erradicar estas plantas. Nós temos enviado as coordenadas geográficas de onde estão as guaxas e ALERTANDO que esta é apenas uma amostragem, que há muito mais guaxas no município, especialmente na área urbana e margens de rodovias. Muita coisa já erradicamos na hora, mas precisa muito mais esforço tamanho o problema!!!

 

* Wanderlei Dias Guerra é engenheiro agrônomo, D.Sc, e consultor técnico da Aprosoja MT.

 

 

Fonte: Artigo


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

Email: [email protected]

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Estado deve ter recorde no agronegócio e VBP de R$ 119,4 bilhões em 2025

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O agronegócio de Goiás caminha para um ano histórico em 2025, com previsão de atingir um Valor Bruto da Produção Agropecuária (VBP) recorde de R$ 119,4 bilhões, segundo a Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa). Esse crescimento reflete avanços significativos em produtividade, expansão de áreas cultivadas e adoção de novas tecnologias.

Dados recentes da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apontam um aumento de 14,2% na produção total de grãos na safra 2024/25, totalizando 34,5 milhões de toneladas. As culturas de soja, milho e feijão são os principais motores desse crescimento, consolidando Goiás como um dos líderes do setor agropecuário brasileiro.

A soja segue como carro-chefe da produção estadual, com projeção de 20,2 milhões de toneladas, um crescimento expressivo de 20,1% em relação à safra anterior. O milho também se destaca, com previsão de 10,6 milhões de toneladas, representando um aumento de 7,5% em relação ao ciclo passado. A produção de feijão deve chegar a 292,6 mil toneladas, um crescimento de 6,6%, impulsionado pelo clima favorável e melhores técnicas agrícolas.

O estado também reafirma sua liderança na produção de sorgo, com uma previsão de 1,3 milhão de toneladas, resultado do aumento de 2,1% na área plantada.

Segundo Pedro Leonardo Rezende, titular da Seapa, “os números confirmam a força do agronegócio goiano e nosso compromisso com a inovação e sustentabilidade. Cada safra reafirma o protagonismo do estado no setor, garantindo renda ao produtor e oferta segura ao consumidor”.

Culturas fora do segmento de grãos também têm perspectivas positivas. O tomate, por exemplo, segue como referência nacional, com previsão de 1,4 milhão de toneladas. A mandioca deve atingir 190 mil toneladas, com crescimento de 2,9% em relação ao levantamento de janeiro. A banana deve ultrapassar 167 mil toneladas, enquanto a batata-inglesa deve somar 267,4 mil toneladas, representando 6,2% da produção nacional.

Desde 2016, o VBP do estado cresceu 56%, saindo de R$ 76,5 bilhões para o patamar atual. Entre as cadeias produtivas, a soja lidera, com estimativa de R$ 36,1 bilhões, um salto de 61,3% em relação a 2016. A pecuária bovina também apresenta crescimento expressivo, alcançando R$ 21,7 bilhões, um aumento de 62,3%.

Outros setores também se destacam, com recordes projetados para a cana-de-açúcar (R$ 14,6 bilhões, alta de 6,8%), milho (R$ 16,3 bilhões, crescimento de 38,5%), tomate (R$ 7,5 bilhões, aumento de 11,5%) e frango (R$ 9,3 bilhões, avanço de 6,5%).

O VBP é um dos principais indicadores econômicos do agronegócio, refletindo a geração de riqueza do setor. Seu cálculo se baseia no faturamento bruto das produções agrícola e pecuária, considerando preços de mercado e volumes produzidos. Os resultados de 2025 confirmam a relevância de Goiás no agronegócio brasileiro e sua crescente participação na economia nacional.

Fonte: Pensar Agro

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14,25%: Fávaro propõe reformulação do seguro rural em meio aos impactos da alta da Selic

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O seguro rural voltou ao centro das discussões no setor agropecuário, durante audiência na Comissão de Agricultura do Senado, nesta terça-feira (19.03). O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, reconheceu que a atual política de seguro não acompanha o crescimento do setor e precisa ser reformulada. “O seguro rural ficou para trás. Precisamos encontrar uma saída para essa que é uma das maiores carências do arranjo produtivo brasileiro”, afirmou.

Uma das principais sugestões do ministro é tornar o seguro rural obrigatório para produtores que acessam o crédito agrícola. O modelo se inspira no sistema adotado nos Estados Unidos, onde não há crédito rural subsidiado como no Brasil, mas sim uma estrutura robusta de seguros que protege o produtor contra perdas. “Aqui, podemos manter o crédito, mas com a exigência do seguro, garantindo maior proteção ao produtor”, destacou Fávaro.

Além disso, a proposta prevê mudanças que tornariam o seguro mais acessível, reduzindo os custos das apólices. Estudos preliminares indicam que essa reformulação poderia levar a uma queda nos valores das apólices entre 0,9% e 1,3%, facilitando a adesão dos agricultores.

A reformulação do seguro rural está sendo debatida com seguradoras, resseguradoras, parlamentares e representantes do agronegócio. O objetivo é ampliar a cobertura e oferecer mais previsibilidade financeira aos produtores, especialmente diante dos desafios climáticos que impactam a produção agropecuária. Se a proposta for aprovada no Congresso, o novo modelo poderá trazer maior estabilidade ao setor, reduzindo impactos econômicos causados por perdas na produção e aumentando a competitividade do Brasil no mercado global.

Atualmente, o governo destina R$ 16,3 bilhões à subvenção do crédito rural, enquanto apenas R$ 1 bilhão é voltado ao seguro rural. A mudança na distribuição desses recursos poderia fortalecer a segurança financeira do setor, segundo o ministro.

SELIC – Além da questão do seguro rural, Fávaro abordou a suspensão temporária de novas contratações do Plano Safra 2024/2025, medida que só deve ser revertida após a aprovação do Orçamento da União para 2025. “Estamos sem orçamento aprovado e funcionando com 1/12 avos do orçamento de 2024. O Ministério da Fazenda está equacionando os recursos dentro desse limite”, explicou.

O Banco Central brasileiro decidiu nesta quarta-feira (19) aumentar a taxa básica de juros do país em 1 ponto percentual. A Selic foi a 14,25% ao ano implica em crédito mais caro e uma maior dificuldade para custeio, comercialização e investimentos na produção. “Esperávamos uma Selic abaixo de dois dígitos, mas com taxas entre 12,5% e 13,5%, precisamos de mais orçamento para viabilizar o Plano Safra”, disse o ministro.

A Secretaria do Tesouro Nacional determinou a suspensão de novos contratos de crédito rural com equalização de juros a partir desta sexta-feira (21), exceto para operações de custeio do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Fávaro ressaltou que a falta de um orçamento aprovado no Congresso compromete as políticas de financiamento agrícola. “Nós não podemos ser irresponsáveis e continuar equalizando sem orçamento. O Congresso também precisa dar uma resposta rápida, pois sem essa votação, o Plano Safra fica comprometido”, alertou.

O ministro reforçou que espera a sensibilidade dos parlamentares para destravar a votação do Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2025 e garantir a continuidade do apoio ao setor agropecuário. “O agro precisa de previsibilidade, e isso depende de planejamento e responsabilidade fiscal”, concluiu.

Fonte: Pensar Agro

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Outono começou hoje e a previsão é de dias quentes e secos

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O outono no hemisfério Sul começou na manhã desta quinta-feira (20.03), às 6h01 pelo horário de Brasília, e se estenderá até 20 de junho às 23h42, segundo informações do canal Climatempo. Esta estação de transição marca a passagem do calor e umidade do verão para o clima mais seco e ameno do inverno. Embora o outono traga uma expectativa de temperaturas mais amenas, é importante ressaltar que, segundo a MetSul, as temperaturas devem permanecer acima da média em diversos estados do país.

Já de acordo com o Climatempo, o outono de 2025 será influenciado por uma neutralidade térmica no Oceano Pacífico Equatorial, ou seja, não haverá a presença dos fenômenos El Niño ou La Niña. Essa condição sugere que as temperaturas devem ficar acima da média em diversas regiões do país.

Sul: Espera-se uma redução gradual das chuvas e a chegada de massas de ar frio, especialmente a partir de maio, podendo ocasionar geadas nas áreas serranas.
Sudeste: A transição para o clima seco ocorre de forma mais lenta, com possibilidade de chuvas ocasionais e temperaturas amenas.
Centro-Oeste: A estação seca se estabelece, com redução significativa das chuvas e aumento da amplitude térmica diária.
Nordeste: O litoral deve registrar chuvas dentro da média para a estação, enquanto o interior tende a ter precipitações abaixo do normal.
Norte: A previsão indica chuvas dentro ou um pouco abaixo da média, com exceção do Amapá e nordeste do Pará, onde as precipitações podem ser superiores ao esperado.

Para o agronegócio, essas condições climáticas exigem atenção especial. A redução das chuvas no Centro-Oeste e Sudeste pode afetar o desenvolvimento de culturas que dependem de umidade adequada, como milho safrinha e café. Por outro lado, a possibilidade de geadas no Sul requer monitoramento constante, especialmente para culturas sensíveis como hortaliças e frutas. Produtores rurais devem estar atentos às previsões meteorológicas e adotar práticas de manejo que minimizem os impactos climáticos nas lavouras e pastagens.

Fonte: Pensar Agro

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