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A dinâmica da Ferrugem nas plantas guaxas e a situação em Mato Grosso

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Defesa Agrícola

A dinâmica da Ferrugem nas plantas guaxas e a situação em Mato Grosso

A dinâmica da Ferrugem nas plantas guaxas e a situação em Mato Grosso


Wanderlei Dias Guerra

17/08/2018

Semana passada encerramos mais uma rodada de levantamento de ocorrência de plantas guaxas de soja nas principais regiões produtoras de Mato Grosso. Estivemos em Campo Verde, Primavera do Leste, Rondonópolis, Alto Garças e toda a Serra da Petrovina, Alto Araguaia, Alto Taquari, Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop, Diamantino, Deciolandia, Campo Novo do Parecis, Sapezal e Campos de Júlio.

 

Também passamos por outros municípios, mas estes foram os principais, aqueles que achamos mais guaxas. Destaque para cidade limpa, avenidas e ruas bem cuidadas vai de novo para Lucas do Rio Verde.  Primavera do Leste também melhorou muito! Por outro lado, tem cidades onde a soja guaxa, vamos falar só dela e deixar o mato do lado, parece ter sido semeada.  

 

Temos que frisar que as plantas guaxas foram encontradas nas cidades e em margens de rodovias, não em lavouras. O produtor rural está fazendo seu trabalho, cuidando de suas lavouras. Cabe às prefeituras e empresas responsáveis pelas rodovias fazer a limpeza para não prejudicar a próxima safra no Estado.

 

É importante entender a dinâmica da ferrugem nas plantas guaxas. Com as primeiras colheitas, já no final de dezembro e início de janeiro, começam a cair grãos pelas estradas e cidades. É ali que se instala anualmente o problema. Este é um ciclo que permanece ativo durante praticamente o ano todo.

 

Enquanto há chuvas, a ferrugem que está nas lavouras se dissemina para as guaxas e, sem qualquer controle, se mantem ativa e disseminando para as plantas vizinhas e, dali, para as lavouras. A ferrugem das lavouras também se dissemina para as guaxas num ciclo permanente de "troca" de inóculo. 

 

Os plantios tardios, especialmente os que tem ocorrido no final de dezembro, tendem a agravar esta situação, pois trata-se de um inóculo ainda mais virulento, aquele que "escapou" de várias aplicações na safra e também nestes plantios tardios. As guaxas tendem a hospedar este fungo mais virulento que vai se disseminar para a safra seguinte. 

 

Com o início da seca, em abril e maio, a ferrugem estabiliza seu ciclo, mas se mantem ativa nas folhas do baixeiro e nas folhas secas caídas ao solo. Algumas plantas, pela deficiência hídrica, aprofundam seu sistema radicular, se tornam semi-perenes e mantem ferrugem no baixeiro por muito mais tempo. É esta ferrugem que encontramos nesta fase do ano.

 

Qualquer umidade é suficiente para estas plantas rebrotarem e se manterem vivas por toda a entressafra. O mesmo vai acontecendo com as plantas mais novas que vão nascendo lado a lado. As mais novas, via de regra, não têm ferrugem, mas permanecem vivas próxima de plantas mais velhas que tem o inóculo nas folhas de baixo. Às vezes, esta guaxa "neta" é filha desta outra guaxa mais velha. Ao se estabilizarem as chuvas e se iniciarem os plantios, esta ferrugem sobe para as folhas superiores das guaxas, passa para as mais novas vizinhas e dali se disseminam para as lavouras. Por esta razão, não tenho dúvida que o inóculo que chega na região é local, fica ativo durante o vazio sanitário bem próximo das lavouras que serão semeadas. 

 

Sorriso, Sapezal, Sinop, Campo Novo do Parecis, Campo Verde e Alto Araguaia foram os locais que mais tem plantas de soja voluntária nas ruas e avenidas.  

 

Os casos mais graves, no entanto, pela presença de guaxas com ferrugem esporulando, foram encontrados em Campos Novo do Parecis, Sinop, Sapezal, Campo Verde, Alto Araguaia e Campos de Júlio (com menos guaxas). 

 

Foram coletadas amostras para análise da mutação I86F, sensibilidade ao Protioconazol e em breve divulgaremos os resultados. Fiquem atentos, pois na entressafra passada amostragem igual a esta feita no vazio sanitário refletiu exatamente o que aconteceu na safra 17/18.

 

A Aprosoja MT, por meio do presidente Antonio Galvan, tem informado isto aos Sindicatos Rurais e sugerido ação conjunta com as Prefeituras para erradicar estas plantas. Nós temos enviado as coordenadas geográficas de onde estão as guaxas e ALERTANDO que esta é apenas uma amostragem, que há muito mais guaxas no município, especialmente na área urbana e margens de rodovias. Muita coisa já erradicamos na hora, mas precisa muito mais esforço tamanho o problema!!!

 

* Wanderlei Dias Guerra é engenheiro agrônomo, D.Sc, e consultor técnico da Aprosoja MT.

 

 

Fonte:


Assessoria de Comunicação

Contatos: Telefone: 65 3644-4215

Email: [email protected]

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Gargalo logístico trava exportação de café e provoca prejuízos milionários

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O café brasileiro, reconhecido mundialmente pela qualidade, está enfrentando um problema que nada tem a ver com o clima ou pragas. Em março, mais de 637 mil sacas do grão deixaram de ser exportadas por causa dos gargalos logísticos nos principais portos do País, segundo levantamento do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé). O resultado é preocupante: o Brasil deixou de arrecadar R$ 1,51 bilhão em exportações só nesse mês.

Isan Rezende

A situação virou motivo de revolta no campo. Para o presidente do Instituto do Agronegócio, Isan Rezende, o problema está onde não deveria estar: na falta de infraestrutura para escoar o que o agro produz com excelência. “Tem café pronto, embalado, vendido. Mas está parado no pátio do porto. O produtor rural faz sua parte, planta, colhe, entrega. E perde no final porque o Brasil não garante o básico: estrada boa, porto eficiente, transporte que funcione”, desabafa.

Só com custos extras em março — como armazenagem, taxas de permanência e manobras fora do padrão — os exportadores gastaram R$ 8,9 milhões a mais do que o planejado. Desde junho do ano passado, essas despesas acumuladas já passam dos R$ 66,5 milhões.

“Isso impacta diretamente o bolso do produtor”, continua Isan. “Quando o café não embarca, a receita não entra. O produtor sente isso lá na fazenda, porque o preço pago lá na ponta depende da exportação. O problema logístico vira problema financeiro no campo.”

Mesmo com projetos sendo anunciados, como melhorias no Porto de Santos e novas vias de acesso na Baixada Santista, Isan é direto: “O agro precisa de soluções agora, não daqui cinco ou dez anos.” Para ele, enquanto se fala em obras futuras, o prejuízo presente já afeta quem sustenta a economia do País.

A crítica de Isan Rezende também vai além do café. Ele alerta que toda a produção agropecuária está em risco com a atual estrutura defasada. “Se é o café hoje, amanhã pode ser o milho, a soja, o boi. Sem infraestrutura, o agro trava. E quando o agro trava, o Brasil para”, afirma.

A preocupação tem fundamento. O agronegócio responde por cerca de 25% do PIB nacional, e o café é uma das culturas mais tradicionais e rentáveis do País. Goiás, por exemplo, vem se destacando não só com grãos e carne, mas também com a produção de café em regiões específicas, que poderiam crescer ainda mais se o escoamento funcionasse.

Enquanto isso, milhares de sacas seguem paradas nos portos, esperando liberação. E o produtor rural, mais uma vez, paga a conta de um Brasil que colhe muito, mas não consegue embarcar a tempo o que planta com tanto esforço.

Fonte: Pensar Agro

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Goiás avança na produção de cana e se consolida como potência do setor

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Goiás segue ganhando destaque no cenário nacional com a força da sua produção de cana-de-açúcar. A estimativa para 2025 é promissora: o estado deve colher cerca de 83,1 milhões de toneladas, mantendo a terceira colocação no ranking nacional, atrás apenas de São Paulo e Minas Gerais. Os dados são da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), com base em levantamentos do IBGE.

Municípios como Mineiros, Quirinópolis e Itumbiara se destacam na liderança da produção estadual, sendo polos importantes no avanço da cultura canavieira em Goiás. A estrutura já consolidada nas regiões, com usinas modernas e mão de obra qualificada, tem garantido colheitas de alto rendimento e contribui para o crescimento do setor.

Além do volume expressivo de produção, o Valor Bruto da Produção (VBP) da cana-de-açúcar em Goiás deve atingir R$ 15 bilhões em 2025, segundo projeções do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O número reforça a importância econômica da cultura, que hoje é uma das mais representativas do agronegócio goiano.

Mas o impacto da cana vai muito além da lavoura. A cadeia produtiva envolve desde a fabricação de açúcar e etanol até a geração de energia elétrica, bioplásticos e outros derivados, sendo uma das mais completas e estratégicas do agronegócio brasileiro. Esse complexo industrial movimenta bilhões de reais todos os anos e tem papel fundamental na matriz energética renovável do Brasil.

Outro ponto de destaque é o impacto social da cultura no estado. A produção de cana-de-açúcar gera milhares de empregos diretos e indiretos, especialmente no interior, onde boa parte da economia local gira em torno do setor. Em tempos em que se busca mais eficiência e sustentabilidade, Goiás tem conseguido equilibrar produtividade, responsabilidade ambiental e desenvolvimento regional.

No cenário nacional, o Brasil segue como o maior produtor mundial de cana-de-açúcar, com colheitas que ultrapassam os 650 milhões de toneladas por ano, segundo dados da Conab. Goiás, com sua produção crescente, vem ganhando protagonismo nesse mercado global, especialmente pela competitividade do etanol e pela busca por fontes de energia limpa.

Com uma estrutura sólida e políticas públicas voltadas ao fortalecimento do agro, o estado segue abrindo caminhos e mostrando que investir em cana é apostar em um futuro mais verde e economicamente forte.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio puxa alta nas exportações e ajuda saldo da balança comercial

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A balança comercial brasileira fechou a terceira semana de abril com superávit de R$ 8,65 bilhões, puxada principalmente pelo bom desempenho do agronegócio. Os dados, divulgados nesta terça-feira (22.04) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), mostram que o Brasil exportou o equivalente a R$ 35,12 bilhões no período, enquanto as importações somaram R$ 26,47 bilhões.

Somando as três primeiras semanas de abril, o superávit acumulado no mês chega a R$ 26,14 bilhões, e, no acumulado do ano, o saldo já é de R$ 83,22 bilhões.

Para o agro, o destaque foi positivo. A média diária das exportações do setor cresceu 5,4% em comparação com abril do ano passado, com aumento de aproximadamente R$ 113,8 milhões por dia. Esse crescimento foi decisivo para sustentar o bom desempenho da balança no mês.

O setor industrial também teve papel importante: a indústria de transformação, que inclui produtos como alimentos processados, celulose, biocombustíveis e outros itens com valor agregado, teve aumento médio diário de R$ 412,3 milhões, alta de 10,8% sobre o ano anterior.

Por outro lado, a indústria extrativa — que envolve minérios, petróleo bruto e gás natural — registrou queda de 6,9% nas exportações, o que corresponde a uma redução de cerca de R$ 134,2 milhões por dia. Ainda assim, o bom desempenho da agropecuária e da indústria de transformação compensou essa baixa.

No lado das importações, o crescimento foi de 10,5% na média diária. A compra de produtos agropecuários do exterior aumentou 24,4%, o equivalente a R$ 34,8 milhões a mais por dia. Já a indústria extrativa teve queda de 7% nas importações, enquanto a indústria de transformação importou R$ 592,2 milhões a mais por dia, um avanço de 11,6%.

Para o produtor rural, o cenário segue positivo. A demanda externa por grãos, carnes e produtos de maior valor agregado continua aquecida, o que ajuda a sustentar os preços e movimentar a economia nas regiões agrícolas. Ao mesmo tempo, o aumento nas importações de insumos e máquinas indica que o setor segue investindo, mesmo diante da volatilidade cambial.

Com o dólar cotado a R$ 5,72, a competitividade das exportações brasileiras segue alta, favorecendo o escoamento da produção nacional. A expectativa é de que o agronegócio continue contribuindo fortemente para o saldo positivo da balança nos próximos meses, principalmente com o avanço da colheita da safra 2024/25.

Fonte: Pensar Agro

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