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Aprosoja debate construção da Ferrogrão com produtores rurais

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Política Agrícola e Logística

Aprosoja debate construção da Ferrogrão com produtores rurais

Presidente Antonio Galvan faz reuniões com associados em Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Campo Novo do Parecis


11/09/2018

A logística deficitária para o transporte da safra mato-grossense não é uma novidade. Basicamente, os grãos e demais produtos produzidos no Estado são transportados por rodovias, especialmente pela BR-163. Com o volume crescente da produção agrícola, esta estrada já não está mais suportando o volume transportado. Desta forma, os modais ferroviário e hidroviário mostram sua importância.

 

Para debater a construção da Ferrogrão, ferrovia que ligará Sinop (MT) a Miritituba (PA), o presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Antonio Galvan, realizou reuniões com produtores rurais dos municípios de Nova Mutum, Lucas do Rio Verde, Sorriso, Sinop e Campo Novo do Parecis.

 

“A ideia é que os produtores rurais de Mato Grosso tirem a Ferrogrão do papel. Os agricultores ganhariam com a valorização da terra, o menor custo de transporte e os lucros com a operação da ferrovia, já que seriam sócios. Aliás, estudos econômicos demonstram que seria incorporando mais valor ao produto, já que o preço do frete seria reduzido, em média, R$ 50,00 por tonelada no estado”, explica Galvan.

 

Os produtores rurais são unânimes em reconhecer a importância da ferrovia para a logística estadual. “Não podemos menosprezar o potencial que a Ferrogrão tem para o estado e para o país”, afirma César Martins, delegado coordenador da Aprosoja em Nova Mutum. O presidente do Sindicato Rural do município, Emerson Zancanaro, reforça que a ferrovia é essencial porque, competindo com a Ferronorte, os produtores ganhariam desconto no frete final geral. “Somos o município mais longe de qualquer porto, então haveria grande benefício. Com competição, o frete vai cair”, diz.

 

Para o presidente do Sindicato Rural de Sinop, Ilson José Redivo, a ideia é excelente. “A ferrovia é importante para o escoamento e tenho certeza que os produtores rurais vão querer investir nela”, menciona. Da mesma forma, o delegado coordenador do Núcleo de Sinop, Leonildo Bares, vê com bons olhos o projeto. “Temos que entrar em outra modalidade de transporte, é preciso ter concorrente ao transporte rodoviário. Como a economia do Brasil não vai bem e o governo federal não tem interesse de investir, resta às entidades do agronegócio cogitar isso”, ressalta.

 

Em Campo Novo do Parecis, segundo a delegada coordenadora do Núcleo, Magda Ortolan, os produtores gostaram da ideia, porém, é preciso incluir a região Oeste no projeto. “O que temos ouvido é que é uma ideia interessante para o produtor rural, mas a região Oeste não pode ficar esquecida”, diz. A presidente do Sindicato Rural do município, Giovana Velke, reforça que é preciso verificar a viabilidade econômica deste projeto, mas que o mesmo é uma importante alternativa.

 

O produtor rural de Lucas do Rio Verde, Joci Piccini, acredita na viabilidade do projeto. “Creio que a Ferrogrão vai mudar a logística de Mato Grosso, até mesmo para regiões mais distantes da malha. Vamos ter um frete estabilizado, já que muitas vezes, o frete é maior que o valor do produto. A Aprosoja está no caminho certo de fazer com que os produtores do estado se unam”, afirma.

 

“A Ferrogrão não irá beneficiar somente o produtor rural, mas todas as cadeias produtivas do Estado. Hoje a logística de caminhão é a mais cara, então fazendo um mix de modais para transportar produtos já auxilia muito”, diz Carlos Alberto Simon, presidente do Sindicato Rural de Lucas do Rio Verde. Para ele, a participação do produtor rural no projeto é válida. “Tendo um estudo de viabilidade, acho muito interessante o produtor ser dono e poder controlar os valores de transporte”, diz.

 

 

Fonte: Ascom Aprosoja


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Pequenos produtores vão receber bônus do Programa de Garantia de Preços

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Neste mês de dezembro, pequenos produtores de várias regiões do Brasil serão beneficiados com o bônus do Programa de Garantia de Preços para a Agricultura Familiar (PGPAF), da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

O programa visa apoiar os agricultores cujos preços recebidos por seus cultivos ficaram abaixo da garantia estabelecida, oferecendo descontos nas parcelas do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Entre as novidades deste mês, destaca-se a inclusão do cará/inhame no estado do Amazonas na lista de bonificação. Além disso, entraram novos produtos, como a cana-de-açúcar e a castanha de caju na Bahia, e a castanha de caju na Paraíba, além da banana nos estados de Alagoas, Espírito Santo e Piauí.

A manga também passou a ser bonificada no Rio de Janeiro e em São Paulo, e o tomate foi incluído no Paraná. Por outro lado, saíram da lista de bonificação a banana de Goiás, o feijão-caupi do Amapá, o tomate da Bahia e o trigo do Distrito Federal.

A Conab reforça que nenhum produto deixou de ser bonificado e que as alterações visam ajustar o programa às condições de mercado, beneficiando os produtores em todo o Brasil. A portaria com os valores do bônus mensal é divulgada pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).

Nesta edição, o benefício entra em vigência a partir do dia 10 de dezembro de 2024, com validade até 9 de janeiro de 2025. Confira a lista completa na PORTARIA Nº 233, DE 6 DE DEZEMBRO DE 2024, que indica os preços de garantia dos produtos e os percentuais de bônus nos estados contemplados.

Fonte: Pensar Agro

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Senado aprova reforma tributária com importantes conquistas para o agro

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O Senado Federal aprovou nesta quinta-feira (12.12) o Projeto de Lei Complementar 68/2024, que regulamenta a Reforma Tributária. Com 49 votos favoráveis e 19 contrários, o texto traz avanços significativos para o setor agropecuário, mantendo conquistas importantes negociadas pela Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) na Câmara dos Deputados.

Entre as principais mudanças, estão as regras para o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS), garantindo condições que favorecem o agronegócio e a segurança jurídica para o setor.

Vitórias para o agro

A senadora Tereza Cristina, uma das principais articuladoras da bancada ruralista, destacou os ganhos para o agro, como a isenção tributária sobre a cesta básica e a garantia de que o produtor rural não será onerado. Entre os avanços conquistados no Senado, estão:

  • Tributação simplificada para insumos destinados à fabricação de defensivos agrícolas.
  • Garantia da qualidade dos produtos in natura, essenciais para o mercado interno e exportações.
  • Inclusão de novos itens na cesta básica, ampliando a isenção tributária.
  • Tributação igualitária para óleos vegetais, promovendo maior competitividade para o setor.
  • Manutenção da monofasia de PIS/Pasep e Cofins para o etanol, simplificando a tributação desse combustível estratégico.

“O agro foi contemplado de forma robusta. Lutamos para incluir no texto tudo o que era necessário para proteger o setor e conseguimos resultados expressivos. Nosso objetivo sempre foi evitar onerar o produtor rural, e saímos vitoriosos dessa etapa”, afirmou a senadora Tereza Cristina.

Com a aprovação no Senado, o projeto retorna à Câmara dos Deputados para a análise final. Se aprovado, o texto consolidará um marco regulatório que atende às necessidades do agronegócio, garantindo condições para que o setor continue sendo o principal responsável pela segurança alimentar do país e pelo fortalecimento da economia nacional.

O deputado Zequinha Marinho reforçou a importância da reforma para o setor: “Buscávamos segurança jurídica e a garantia de que o produtor rural não seria prejudicado, além de assegurar que os alimentos essenciais continuem acessíveis para o consumidor. É uma grande vitória para o agro e para o Brasil.”

A aprovação marca mais um passo importante para alinhar o sistema tributário às necessidades do agronegócio, reconhecendo sua relevância para a economia e garantindo condições para o setor continuar crescendo e alimentando o país.

Fonte: Pensar Agro

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Sancionado projeto que cria mercado regulado de carbono

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Foi sancionado nesta quinta-feira (12.12), sem vetos, o projeto de lei que cria o mercado regulado de carbono no Brasil. Publicada no Diário Oficial da União (DOU), a medida busca estabelecer limites para a emissão de gases de efeito estufa em setores produtivos, incluindo o agronegócio. O texto, aprovado pelo Congresso Nacional no mês passado, prevê a criação do Sistema Brasileiro de Comércio de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SBCE).

A regulamentação do SBCE definirá tetos de emissões para atividades específicas. Empresas que ultrapassarem seus limites precisarão comprar cotas de outras que emitirem menos, promovendo um equilíbrio sem aumento efetivo das emissões de carbono. Esse modelo, conhecido como comércio de permissões de emissões, integra as ações para atender às metas climáticas do Acordo de Paris.

O agronegócio, essencial para a economia brasileira, estará diretamente impactado pelo marco regulatório. Por um lado, há preocupações com possíveis custos adicionais que possam afetar a competitividade do setor. Por outro, o mercado de carbono pode abrir oportunidades para produtores que preservam florestas ou adotam práticas sustentáveis, permitindo que gerem créditos de carbono e atraiam investimentos.

O senador Omar Aziz destacou a importância de evitar o antagonismo entre os setores ambiental e agropecuário. “Juntos somos mais fortes. Precisamos buscar soluções que beneficiem o país, sem transformar isso em um embate entre classes”, afirmou.

Já o senador Eduardo Braga ressaltou o papel da Amazônia como ativo estratégico, defendendo que a floresta em pé tenha mais valor econômico do que o desmatamento. Ele afirmou que o projeto poderá financiar iniciativas para proteger a região e beneficiar a população local.

Apesar do apoio expressivo, a medida enfrentou resistência. O senador Eduardo Girão questionou os impactos financeiros sobre os setores produtivos, enquanto o senador Marcio Bittar foi ainda mais crítico, alegando que o debate sobre as emissões de carbono é baseado em “premissas falsas”.

Por outro lado, a relatora do projeto, senadora Leila Barros, celebrou a aprovação como um marco histórico. Ela destacou que a regulamentação ajudará o Brasil a evitar barreiras comerciais, como o ajuste de fronteira de carbono da União Europeia, e atrairá investimentos para a transição energética e o mercado voluntário de carbono.

Com a sanção do projeto, o Executivo deve estabelecer as regras de funcionamento do SBCE, incluindo a governança do sistema. Isso será feito por meio de um Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima, um órgão gestor e um comitê técnico consultivo.

O Brasil, agora mais alinhado às práticas internacionais, dá um passo importante para fortalecer sua posição como líder ambiental global. Para o agro, o desafio será transformar as mudanças regulatórias em oportunidades, reafirmando o papel estratégico do setor na preservação e no desenvolvimento econômico sustentável.

Fonte: Pensar Agro

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