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Audiência debate feriado da Consciência Negra em MT

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Foto: HELDER FARIA / ALMT

A Assembleia Legislativa realizou na tarde dessa quinta-feira (13) audiência pública para discutir o Projeto de Lei nº 310/18, que altera o dispositivo da Lei nº 7.879, de 27 de dezembro de 2002, data da morte de Zumbi dos Palmares e Dia Nacional da Consciência Negra. A audiência foi requerida pelo deputado José Domingos Fraga (PSD), e o projeto foi proposto pelas lideranças partidárias. Ao final, os deputados receberam documentação das entidades que será encaminhado para a comissão de mérito para ser debatido no Plenário.

Conforme artigo 1º do projeto fica instituído o dia 20 de novembro, data do aniversário da morte de Zumbi dos Palmares e Dia Nacional da Consciência Negra. Porém, o artigo 2º visa à alteração do dispositivo de Lei nº 7.879 deixando como data comemorativa no calendário, retirando assim, o "status" de feriado estadual. A criação de um dia comemorativo da Consciência Negra é uma forma de lembrar a importância de valorizar um povo que contribuiu para o desenvolvimento da cultura brasileira.

“Para conduzir um projeto dessa natureza necessita-se de alguns ritos e um deles é a consulta à população mato-grossense atingida. Vamos anexar o relatório dessa audiência no projeto de lei para que possa ser encaminhado a comissão de mérito, que decidirá. O Plenário é soberano para decidir sobre o feriado ou apenas data comemorativa”, explicou o deputado José Domingos Fraga.

De acordo com a justificativa da propositura, o feriado influencia na rotina econômica das cidades afetando diversos setores com o fechamento dos comércios e de prestadores de serviços, causando prejuízos econômicos e impedindo a comercialização dos produtos e a realização do serviço nos feriados.

“A audiência é mais um instrumento e ferramenta que a sociedade possui para pressionar os deputados para manifestar sua vontade e o seu interesse. Eu defendo a manutenção do feriado de 20 de novembro. As pessoas precisam conhecer a história. A população negra no Brasil sofreu 400 anos de escravidão. Precisamos construir políticas públicas de reparação”, falou o deputado Wilson Santos, historiador por formação e professor da disciplina.

Na oportunidade, várias lideranças da classe negra manifestaram opiniões sobre a data comemorativa e lembraram as lutas de seus ancestrais, como por exemplo, o presidente do Conselho Estadual de Promoção da Igualdade Racial, Manoel Silva, que destacou a contribuição do negro para o país.

“Esse feriado é uma maneira de fazer uma reflexão dos avanços e relembrar os ancestrais que lutaram pelo Brasil. É uma celebração e não somente um feriado do negro, e nem religioso, um feriado do povo brasileiro. Essa data é para mostrar nossa contribuição à sociedade, de como todos os povos se unem quando se fala em evolução. Não há prejuízo para o comércio, porque a maioria da população é negra em Mato Grosso”, revelou ele.

Para a fundadora e atual presidente do Instituto de Mulheres Negras de Mato Grosso – Antonieta Luisa Costa, “a medida é discriminação racial. É a quebra de uma luta histórica do povo negro, quebra da resistência. Nós negros construímos a base desse país, lutamos e não ganhamos nada de graça”, pontuou ela.

A fundadora do Instituto foi mais além durante seu discurso e citou que os deputados “precisam sim, não mexer na data, mas apresentarem projetos que representam o reconhecimento dos negros no Estado”, afirmou Antonieta.

“O Parlamento de Mato Grosso precisa entender que não é somente um feriado. É luta, é resistência, identidade, é força e história. Isso não tem preço. Essa audiência traz para as pessoas que estão em casa, negros, afro-descendentes e brancos conscientes, a importância de ficar atento para o que acontece na Assembleia”, justificou ela.

A população de Rondonópolis marcou presença na audiência com uma caranava com cerca de 70 pessoas. A presidente do Instituto de Negros e Negras pela Igualdade daquele município, Luzia Aparecida do Nascimento, evidenciou a importância do evento.

“Essa data é o instrumento de luta da população negra em Mato Grosso, além disso, tem o intuito de conscientizar a população para a importância desse povo na formação social, histórica e cultural de nosso país. Essa audiência pública é um momento para podermos falar e expressar nossos desejos e revolta contra esse projeto de lei”, criticou ela. 

O deputado Professor Allan Kardec participou do evento, juntamente com os demais parlamentares.

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Botelho destaca protagonismo da Assembleia na construção de creches em Mato Grosso

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Durante a sessão plenária desta quarta-feira (12), o deputado estadual Eduardo Botelho (União) destacou, em discurso na tribuna, o protagonismo da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) na defesa da construção de creches no Estado. A fala ocorre às vésperas do evento promovido pelo Governo de Mato Grosso, que será realizado nesta sexta-feira (14), na Arena Pantanal, para assinatura de convênios com 30 municípios visando à iniciação e retomada das obras de creches.

Botelho lembrou que o projeto nasceu dentro da Assembleia e enfrentou resistência no início. “O governo está fazendo um grande evento sexta-feira (14) e vai assinar convênios para creches. Esse trabalho saiu da Assembleia Legislativa, daí eu falo para vocês da importância que os deputados têm. Houve resistência do governo para fazer esse empreendimento, agora está se fazendo. É um trabalho que foi duramente defendido pela Assembleia, junto com o Tribunal de Contas, o conselheiro Antônio Joaquim que deu todo o suporte para nós. Nós fizemos essa briga, e conseguimos colocar no orçamento. O veto dessa Casa foi derrubado. Isso mostra a importância e a força do Parlamento quando os deputados se mantêm unidos na defesa de projetos importantes para a sociedade”, afirmou Botelho.

A deputada Janaína Riva (MDB) reforçou o reconhecimento à atuação do Parlamento e ao ex-presidente da Assembleia. Segundo ela, a pauta das creches foi defendida de forma contínua nos últimos dois anos, garantindo que os recursos fossem incluídos no orçamento estadual. “Deputado Botelho, parabenizo Vossa Excelência porque, enquanto presidente, o senhor conduziu esse debate sobre as creches no estado de Mato Grosso. Me lembro que quem sempre esteve ao nosso lado representando o Tribunal de Contas foi o conselheiro Antônio Joaquim, inclusive liderando o Gabinete de Articulação para Efetivação das Políticas de Educação (Gaepe-MT), dentro do TCE, que debate a educação mato-grossense. O levantamento feito mostrou que mais de 10 mil crianças em idade de creche estão fora desse ambiente de segurança educacional. Na época, citamos o exemplo do Pará, que iniciou a construção das creches com recurso estadual, sem esperar o governo federal”, destacou Janaína.

A deputada também ressaltou o impacto social da iniciativa, principalmente para as mulheres trabalhadoras. “Não existe mulher livre se ela não tiver o poder público ao seu lado, amparando seus filhos e preservando a integridade física dessas crianças. A maioria dos casos de violência sexual e física contra crianças acontece dentro de casa ou em ambientes informais, quando a mãe não tem uma creche para deixá-las e precisa trabalhar para sustentar sua família. As creches são fundamentais para Mato Grosso”, afirmou.

O evento do Governo do Estado, marcado para sexta-feira (14), às 8h, no setor Oeste da Arena Pantanal (Portão A), formalizará o repasse de recursos para 30 municípios, que irão iniciar ou retomar as obras de creches, uma conquista construída a partir da articulação política da Assembleia Legislativa, sob a liderança de Eduardo Botelho e com o apoio técnico do Tribunal de Contas do Estado.

Fonte: ALMT – MT

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Wilson Santos propõe criação de Comitês Locais Maria da Penha em bairros e comunidades de MT

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O deputado estadual Wilson Santos (PSD) apresentou o Projeto de Lei n.º 462/2025, que institui em Mato Grosso, o Programa “Comitês Locais Maria da Penha”, voltado à prevenção e enfrentamento da violência doméstica. A proposta, em tramitação na Assembleia Legislativa, é uma importante política pública em meio ao aumento dos casos de feminicídio e fortalece as ações de proteção às mulheres, o que aproxima os mecanismos de apoio das comunidades e promove uma rede integrada de acolhimento.

De acordo com a matéria, os Comitês Locais Maria da Penha (CLMP) serão instalados em bairros e comunidades, funcionando como espaços de informação, escuta e orientação. Serão formados prioritariamente por mulheres residentes nas localidades, que receberão capacitação sobre direitos, ciclo da violência, funcionamento dos serviços públicos e medidas protetivas. A iniciativa busca oferecer suporte direto às vítimas e contribuir para o rompimento do ciclo da violência doméstica.

Entre as ações previstas, os comitês deverão promover cursos regulares de formação jurídica básica, abordando temas como a Lei Maria da Penha, acesso à justiça e canais de denúncia, além de aulas de defesa pessoal ministradas por instrutores especializados. O projeto também propõe a criação de espaços seguros para acolhimento e encaminhamento das vítimas, bem como, a realização de campanhas educativas e eventos de conscientização sobre a violência de gênero.

Os Comitês Locais Maria da Penha serão estruturados em parceria com entidades da sociedade civil, universidades públicas, defensorias e órgãos de segurança, de modo a garantir a articulação da rede de apoio e a efetividade das medidas protetivas. A proposta ainda autoriza o poder público a firmar convênios com instituições de pesquisa e ensino para produção de dados e estudos que possam subsidiar a criação e o funcionamento dos comitês.

Wilson Santos afirma que mesmo que a Lei Maria da Penha tenha sido um marco fundamental, a sua aplicação ainda enfrenta obstáculos relacionadas à falta de recursos, desconhecimento dos direitos e a ausência de suporte nas comunidades. “É preciso ir além da punição e atuar com prevenção e informação às nossas mulheres. Esses comitês serão espaços comunitários de acolhimento e orientação, com foco na proteção da mulher e no fortalecimento das medidas protetivas”, defende o parlamentar.

Os dados mais recentes reforçam a urgência da iniciativa. Um levantamento da Diretoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT) aponta que 46 crianças e adolescentes ficaram órfãos no primeiro semestre de 2025 em decorrência de feminicídios no estado. Do total, 48% têm menos de 12 anos, 33% são filhos biológicos dos agressores e 13% presenciaram o crime. Ainda segundo o levantamento, 81% das vítimas eram mães e duas estavam grávidas no momento do assassinato.

O Observatório Caliandra, vinculado ao Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), registrou 45 casos de feminicídio até outubro de 2025, o que evidencia que a violência de gênero permanece como um problema estrutural no estado. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024 também coloca Mato Grosso em uma posição preocupante, sendo o estado mais perigoso do país para mulheres, com uma taxa de 2,5 feminicídios por 100 mil habitantes, quase o dobro da média nacional, de 1,4.

A proposta de Wilson Santos representa um novo modelo de enfrentamento, que aposta no protagonismo feminino, na educação e na organização comunitária como estratégias para conter a escalada da violência. Mais do que um espaço de denúncia, os comitês pretendem se tornar núcleos de empoderamento e prevenção, capazes de transformar realidades e oferecer caminhos para que as mulheres possam se proteger e reconstruir suas vidas com dignidade.

Fonte: ALMT – MT

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Botelho cobra transparência em contratos e concessões do Detran-MT

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Durante a sessão plenária desta quarta-feira (12), o deputado estadual Eduardo Botelho (União) apresentou o Requerimento de Informação nº 697/2025, solicitando ao Governo do Estado e ao Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (Detran-MT) informações detalhadas sobre concessões, parcerias público-privadas e contratos de prestação de serviços firmados pelo órgão nos últimos cinco anos.

A iniciativa, encaminhada ao governador Mauro Mendes (União), e ao presidente do Detran-MT, Gustavo Vasconcelos, tem como objetivo garantir a transparência na gestão pública e permitir que a Assembleia Legislativa exerça plenamente seu papel de fiscalizar os atos do Poder Executivo, especialmente no que se refere à delegação de serviços públicos que impactam diretamente os cidadãos mato-grossenses.

No documento, Botelho solicita a relação completa das concessões e contratos vigentes, com informações sobre o objeto e finalidade, empresas contratadas, valores globais e aditivos, critérios de seleção, modalidade de licitação, além das localidades e tipos de serviços prestados. Também requer cópias dos contratos e estudos técnicos e de viabilidade econômica que fundamentaram as parcerias, incluindo aquelas relacionadas a vistoria veicular, emissão de documentos, exames e cursos sob responsabilidade do Detran-MT.

O parlamentar ainda questiona o órgão sobre os mecanismos de fiscalização e controle adotados em relação às empresas concessionárias, bem como sobre penalidades aplicadas e indicadores de desempenho, solicitando também informações sobre novos projetos em fase de estudo ou licitação.

Segundo Botelho, o pedido visa assegurar que os serviços prestados pelo Detran-MT mantenham eficiência, qualidade e modicidade tarifária. “Essas informações são essenciais para avaliarmos o impacto econômico e social das concessões e garantir que os recursos públicos estejam sendo aplicados com responsabilidade e transparência”, destacou o deputado.

Ao apresentar requerimento de informação, o Parlamento reafirma seu compromisso com a transparência e a fiscalização dos atos públicos, solicitando detalhes sobre concessões, parcerias e contratos do Detran-MT nos últimos cinco anos.

Fonte: ALMT – MT

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