Cinco invasores de uma fazenda de 14 mil hectares localizada no Distrito de Santo Antônio do Rio Bonito, município de Nova Ubiratã, foram autuados em flagrante na Polícia Judiciária Civil por crimes de associação criminosa, cárcere privado e sequestro, roubo, esbulho possessório, porte ilegal de arma de fogo de uso permitido e restrito.
A ação contra os invasores apreendeu também 13 armas de fogo, entre eles um fuzil calibre 22, uma pistola 9mm e várias armas longas.
Entre o bando de invasores estão dois policiais militares que se entregaram à corporação da PM nesta terça-feira (11). Os policiais presos são: o cabo Jalles Souza Dutra e o soldado, Roberto Carlos Cesaro ambos de Sinop. Os demais presos na ação são Gilberto Ribeiro Arruda, Edilson da Silva e Sidney Alves da Silva
Os flagrantes foram lavrados na Delegacia de Sorriso, sendo três deles no sábado (08).
Dois dos invasores morreram em confronto com policiais militares, que tentavam cumprir uma reintegração de posse. Eles foram identificados pelos nomes de Jamil Pereira da Rosa, que estava com mandado de prisão em aberto, expedido pela Comarca de Juara e Wellington Rogério Scotti, também tem passagem anterior por roubo em uma fazenda em Porto dos Gaúchos, no ano de 2014.
“As investigações continuam aqui na região porque acreditamos que têm mais envolvidos nessa ação. Vamos tentar identificar outras pessoas nessa invasão lá em Nova Ubiratã”, disse o delegado André Eduardo Ribeiro.
A invasão a fazenda foi comunicada na quarta-feira (05.12) pelo dono das terras que registrou boletim de ocorrência, informando que cerca de 8 homens armados teriam invadido a propriedade e retirado todos de dentro das terras. Segundo o proprietário, o caseiro foi rendido e mantido preso na sede da fazenda.
“O boletim foi registrado como invasão de propriedade rural e o fazendeiro foi orientado a ingressar com ação de reintegração de posse com urgência e assim ele fez”, contou o delegado André Eduardo Ribeiro
A decisão saiu no sábado (08) e o juiz de Nova Ubiratã determinou que dois oficiais de justiça fossem até a fazenda realizar avaliação do local. Os dois oficiais foram até a fazenda acompanhados de guarnições da Polícia Militar e chegando ao local houve disparos de armas de fogo contra os policiais militares, que inicialmente recuaram até a chegada de reforço policial, com emprego do helicópteros do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer).
Os invasores correram para o mato e o caseiro foi mantido refém, desde quarta-feira (5) pelos criminosos que invadiram a fazenda. A PM realizou o cerco na região e conseguiu capturar no dois deles no sábado, os quais foram conduzidos e autuados em flagrante. No domingo (9) foi preso em flagrante, em um bar, um suspeito que estava com uma caminhonete usada na invasão. Ele estava na posse de armas de fogo e dinheiro.
Ainda na madrugada de domingo para segunda-feira (10) houve confronto entre policiais militares com os invasores, levando dois dos criminosos a óbito.
Na segunda-feira (10), as buscas continuaram com cerco em toda a região e na terça-feira (11) dois policiais militares que compunham o grupo de grileiros foram presos, após se entregarem ao comandante da Polícia Militar de Sinop, que os apresentou na Delegacia de Sorriso.
As investigações seguem para identificação de outros integrantes do bando de invasores.
A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Confresa encerrou, nesta sexta-feira (13.12), a Operação Pingo d’Água para cumprir mandados de buscas e de prisões contra foragidos da Justiça que ainda tem processos em andamento.
Na residência de uma mulher de 26 anos, na zona rural, foi apreendida uma arma de fogo, de calibre 22 e munições de calibre 32. Segundo ela, a espingarda é de seu marido, que não estava no local. A mulher foi detida em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo.
Outros dois mandados foram cumpridos, também em Confresa, de pessoas que tiveram a prisão definitiva decretada após sentença condenatória transitada em julgado, ou seja, que não cabe mais recurso. Um dos procurados era foragido de Goiás, onde teve a prisão decretada pelo crime de roubo. Outro preso é de Confresa, condenado por tráfico de drogas.
O delegado Luiz Humberto Mendes, que responde atualmente pela Derf de Confresa, destacou a realização da operação como um reforço investigativo da Polícia Civil para a manutenção da ordem pública e a sensação de segurança à população local.
Cachanga
A operação desta sexta-feira é um desdobramento da Operação Cachanga, de outubro deste ano, quando a delegacia especializada cumpriu 17 mandados judiciais contra investigados por crimes patrimoniais e porte ilegal e posse irregular de arma de fogo. Cinco pessoas foram presas em flagrante na ocasião.
A Operação Cachanga resultou na apreensão de diversos objetos furtados, como eletrodomésticos, ferramentas, materiais de obras, carretinhas, arma de fogo, mais de R$ 13 mil em dinheiro e de dois veículos utilizados nos crimes.
Durante investigações sobre uma série de furtos no município, os policiais da Derf conseguiram identificar suspeitos e também pontos que eram utilizados pelos criminosos para guardar os objetos de crimes.
Um adolescente suspeito de furtar uma motocicleta, em Tapurah, foi apreendido em flagrante pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (13.12). O veículo subtraído foi localizado na zona rural do município.
As diligências iniciaram logo que a Delegacia de Tapurah foi comunicada sobre o furto da moto, ocorrido em uma fazenda, na noite de quinta-feira (12.12).
Com base nas informações repassadas pela vítima, foi possível identificar o autor do delito, sendo o menor já reincidente no ato infracional.
Em seguida os policiais civis foram até o endereço do adolescente. Ele foi entrevistado, e acabou confessando, indicando onde havia ocultado a moto.
A motocicleta foi recuperada e o menor apreendido por ato infracional análogo ao crime de furto.
Armas de fogo, munições, carregadores e veículos foram apreendidos durante o cumprimento de mandados da Operação Venda Cancelada, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, nesta quinta-feira (12.12), em Sinop. A investigação da DRE apura o uso de uma empresa de revenda de veículos para o tráfico de entorpecentes.
Foram cumpridas duas prisões preventivas de dois investigados e quatro mandados de busca e apreensão em residências e na garagem de veículos. Também foram bloqueadas contas bancárias de cinco alvos da operação.
Na revenda de veículos do principal investigado, que está foragido, a equipe da delegacia especializada apreendeu cinco carros que não tem comprovação de origem lícita.
Em outras residências, os policiais da DRE apreenderam uma espingarda, carregadores e mais uma pistola.
Ligação com facção
Em outubro deste ano, a equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop deflagrou a Operação Codinome Fantasma e apreendeu um veículo e uma faca na casa de um dos alvos, que é integrante de uma facção criminosa que age no tráfico e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil verificou que o veículo estava em nome do dono da garagem investigado na operação da DRE.
O delegado Caio Fernando Albuquerque explicou que o veículo liga o principal investigado da Operação Venda Cancelada a um dos alvos da Codinome Fantasma. O veículo está em nome de W.R.P., dono da garagem de veículos investigada pela DRE.
Apreensões de outubro: veículo encontrado com membro de facção está em nome do dono da garagem
A investigação da Derf de Sinop identificou um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado a partir de uma distribuidora de gás e água. A delegacia apurou a movimentação de dinheiro do tráfico de drogas que era lavado por uma grande distribuidora de gás e água de Sinop, que o devolvia à organização criminosa dando a aparência de licitude para a atividade ilegal.
Garagem usada no tráfico
A investigação da DRE teve início a partir da apreensão de 210 tabletes de maconha, em junho deste ano, quando uma caminhonete foi interceptada pela Polícia Civil na MT-010, no Distrito de Nossa Senhora da Guia. O veículo era conduzido por H.S.A., de 38 anos, que acabou confessando o transporte da droga.
A partir das informações reunidas no inquérito policial, a DRE identificou a cadeia de supostos proprietários da caminhonete apreendida e um esquema envolvendo a garagem de veículos em Sinop.
“A investigação chegou ao proprietário da garagem e identificamos que as vendas orquestradas da caminhonete flagrada com o entorpecente voltavam novamente a ele. Ou seja, a intenção no esquema era adquirir veículos e colocá-los à disposição do tráfico de entorpecentes”, explicou o delegado Caio Fernando.
As diligências da DRE comprovaram que o dono da garagem comprou o veículo de uma empresa que fez a negociação, por meio de uma procuração pública, em nome de um funcionário da revenda de carros, para que o veículo retornasse a ele. Ou seja, a revenda da caminhonete entre a garagem e o comprador foi uma simulação criada para dar crédito ao negócio ilícito e, em caso de apreensão pela polícia com entorpecente ou outra conduta ilícita, nenhum deles fosse atingido.
Informações financeiras reunidas na investigação demonstraram movimentações atípicas em contas bancárias em nome dos três investigados – dono e funcionário da garagem de veículo e o suposto comprador da caminhonete.
A garagem, que foi constituída com capital social informado de R$ 100 mil e faturamento médio mensal de 19 mil. Contudo, em pouco menos de um ano, a conta da empresa teve créditos somados em mais de 5 milhões de reais.