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Nacional

Haddad é condenado a pagar indenização a Edir Macedo por chamá-lo de “charlatão”

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Fernando Haddad foi condenado a pagar indenização ao bispo Edir Macedo, mas afirma que vai recorrer da decisão judicial
Rovena Rosa/Agência Brasil

Fernando Haddad foi condenado a pagar indenização ao bispo Edir Macedo, mas afirma que vai recorrer da decisão judicial

O ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) foi condenado nesta quinta-feira (13) a pagar R$ 79.182 de indenização ao bispo Edir Macedo, criador da Igreja Universal do Reino de Deus, por tê-lo chamado de “charlatão” durante a campanha presidencial de 2018, depois que o líder religioso declarou seu apoio ao adversário de Haddad, o agora presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL).

Na ocasião, o então candidato à Presidência pelo PT, Fernando Haddad, publicou um vídeo em suas redes sociais no qual descreve Bolsonaro como “o casamento do neoliberalismo desalmado representado por Paulo Guedes” e o “fundamentalismo charlatão do Edir Macedo”.  Na sequência, Haddad
ainda aparece dizendo: “Sabe o que está por trás dessa aliança? Chama em latim ‘auri sacra fames’. Fome de dinheiro. Só pensam em dinheiro”, disse.

No mesmo dia, a Igreja Universal divulgou em seu site uma nota de repúdio questionando por que, quando Edir Macedo
ficou ao lado do PT, “o apoio era muito bem-vindo”. Agora que seu candidato é outro, “o bispo deve ser ofendido de forma leviana?”.

O texto também questionou o contexto escolhido para “incitar uma guerra religiosa” ao fustigar “uma das maiores lideranças evangélicas do país”, tudo num “local sagrado a católicos, em pleno feriado católico” já que a fala de Haddad ocorreu após uma missa católica, no feriado de Nossa Senhora Aparecida, em 12 de outubro, e que evangélicos não creem em santos e refutam sua veneração.

Além da nota, após a divulgação do vídeo nas redes sociais de Haddad, o bispo Edir Macedo, que também é dono da TV Record
, entrou com dois processos, um civil e um criminal, contra o então candidato à Presidência. Poucos dias depois, o Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que Haddad deveria apagar o vídeo sob pena de multa diária de R$ 5 mil, caso descumprisse a decisão judicial, mas o petista cumpriu.

Ainda assim, a equipe de campanha de Haddad afirmou, à época, que ele estava “convicto de que suas afirmações são verdadeiras e que os fatos e a história dos personagens envolvidos assim comprovam”.

Nesta quinta-feira (13), por sua vez, o juiz Marco Antonio Botto Muscaria decidiu diferente e além de ter condenado Haddad a pagar a indenização
pedida por Edir Macedo, também obrigou o ex-prefeito a se retratar e se abster de novas atitudes semelhantes em relação ao bispo, sob pena de multa por descumprimento.

“Conhecedor privilegiado das normas jurídicas do País, porquanto estudou na mais tradicional faculdade de Direito brasileira, o réu obviamente sabe que acusações passadas de ‘charlatanismo, estelionato e curandeirismo’, seguidas de absolvição, apenas reforçam a presunção constitucional de inocência do bispo Macedo”, afirmou o juiz, citando a Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), localizada no largo São Francisco, em São Paulo, onde Fernando Haddad (PT) se formou advogado.

No pedido de indenização, o bispo afirma que “no âmbito religioso, fundamentalismo denota sentido negativo, uma vez que se associa a atos violentos tal como o terrorismo e regimes políticos teocráticos”. Além disso, afirma que o termo charlatão “é aquele que explora a boa fé do povo, enganando, fingindo atributos e qualidades, justamente para obter vantagens. Outrossim, aduz que [o bispo] teria fome de dinheiro e só pensaria em dinheiro, desconsiderando toda a sua trajetória”.

Ainda segundo a peça jurídica, Edir Macedo alega que Haddad “zombou” de si e “dos dogmas” da Universal. Assim, “ofende a honra objetiva [de Macedo], por meio de atos intolerantes e difamatórios, perante os membros da Igreja Universal do Reino de Deus e sociedade. Ainda, ofende a honra subjetiva [do bispo], que nada mais é que o juízo que faz de si, a cerca de seus próprios atributos, praticando, assim, atos injuriosos”, 

Na ação civil, o líder religioso solicita que Haddad apague um tuíte com a entrevista e “se abstenha, de imediato, de todo e qualquer ato ofensivo e inverídico ao bom nome, imagem, honra e reputação” de Macedo. Pede ainda que o petista se “retrate formalmente” com o bispo e seus fiéis, “por meio de mensagem falada ou escrita, em suas páginas oficiais no Twitter e Facebook”.

Como indenização “razoável”, a ação propunha que Haddad pague 83 salários mínimos (cerca de R$ 77 mil) e, portanto, foi atendida integralmente pelo juiz, mas a defesa de Haddad diz não concordar com a decisão e afirma que irá recorrer da sentença. “A sentença foi dada pouco tempo depois de nós juntarmos as nossas contestações ao processo, o que pode indicar que já havia um entendimento do que decidir”, afirma o advogado do ex-prefeiro, Igor Tamasauskas, do escritório Bottini & Tamasaukas.

O advogado alega que “Edir é um líder que entrou no debate presidencial. Ele não pode se sentir ofendido por uma crítica política”, diz Tamasauskas que relembra que o bispo declarou apoio formal a Bolsonaro, seja através da Igreja Universal, seja através dos meios de comunicação da Record, chegando inclusive a gravar entrevista exclusiva com o então candidato à Presidência do PSL que foi exibida ao mesmo tempo que o último debate presidencial realizado no primeiro turno pela TV Globo, em 4 de outubro.

Naquela ocasião, Bolsonaro recusou o convite para participar do encontro com os demais presidenciáveis alegando ainda estar em recuperação da facada que sofreu durante ato de campanha “corpo a corpo” nas ruas do centro de Juiz de Fora (MG).

Assim como na ocasião do pedido, a defesa do líder religioso afirmou agora que a decisão judicial foi tomada que Edir Macedo doará o valor integral da indenização a ser paga por Haddad
para uma instituição de caridade cuida de crianças com Down, autismo e paralisia cerebral. Anteriormente, Macedo chegou a citar nominalmente a Associação Brasileira de Assistência e Desenvolvimento Social.

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Agro News

Mulheres Sem Terra realizam Jornada de Combate à Violência contra Mulheres e Meninas

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As camponesas organizadas nacionalmente denunciam as violências do capitalismo, do patriarcado, do racismo e a LGBTQI+fobia

 

Com o lema “Lutaremos! Por nossos corpos e territórios, nenhuma a menos!”, às mulheres do MST organizam a Jornada Nacional de Combate à Violência Contra Mulheres e Meninas, com ações que irão ocupar as cinco regiões do Brasil, previstas para acontecer entre os próximos dias 20 e 25 de novembro. A mobilização dá continuidade ao trabalho permanente e persistente que vem sendo desenvolvido pelas camponesas e camponeses Sem Terra nos territórios de Reforma Agrária por todo o país, por relações igualitárias e o fim das violências de gênero.

 

A Jornada deste ano conta com ações tanto no campo, como em diversas cidades brasileiras. Lucinéia Freitas, da coordenação nacional do setor de gênero do MST, destaca que as atividades nos acampamentos e assentamentos terão como foco os debates sobre a construção de relações humanas emancipadas, além de estratégias coletivas para enfrentar as diversas formas de violência que atingem as camponesas nos territórios em que vivem.

“A Jornada de Enfrentamento à Violência contra Mulheres e Meninas, é um momento importante que coincide com o Dia da Consciência Negra e o Dia do Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. O objetivo é destacar que nossa sociedade é estruturada por relações racistas e patriarcais, que historicamente vulnerabilizam as mulheres e meninas, principalmente negras, tornando-as mais suscetíveis às várias formas de violência.”, enfatiza Lucinéia.

Dessa forma, desde o dia 20 até o próximo dia 25 de novembro, data que demarca o Dia Internacional de Combate à Violência Contra as Mulheres, as Mulheres Sem Terra realizarão uma série de atividades de cuidados e afetos coletivos nas áreas do MST pelo país. Estão previstos espaços de formação, encontros, momentos de escutas, trocas e compartilhamento, na tentativa de fortalecer a luta por relações livres de todas as formas de violência. As ações acontecem em diversos territórios de Reforma Agrária, reafirmando o compromisso com a construção de uma sociedade livre de opressão.

DA REDAÇÃO

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Internacional

Facmat discute ampliação das relações comerciais entre Mato Grosso e Rússia

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Vice-presidente regional da Facmat fortaleceu laços econômicos entre os países durante visita a Moscou.

O fortalecimento das relações comerciais entre Mato Grosso e a Rússia foi o principal tema abordado pela vice-presidente regional da Federação das Associações Comerciais e Empresariais de Mato Grosso (Facmat) e presidente da Associação Comercial e Empresarial de Alto Araguaia (ACEAIA), Rosana Dourado, em visita ao consulado brasileiro em Moscou, realizada em outubro. Na ocasião, Rosana foi recebida pelo embaixador Rodrigo de Lima Baena Soares e pelo vice Maurício Bernardes.

Durante o encontro, Rosana apresentou as iniciativas da Facmat e do Sebrae/MT em prol dos pequenos e médios negócios, além de discutir formas de facilitar o acesso de empreendedores mato-grossenses ao mercado russo. “Mostrei o trabalho que a Facmat realiza junto às Associações Comerciais e a importância do Sebrae nesse processo”, afirmou.

Rosana destacou o acolhimento do embaixador, que respondeu às suas perguntas e a convidou para uma Feira de Agronegócio em Moscou, em fevereiro. “O embaixador se dispôs a facilitar contatos com órgãos específicos para orientar sobre exportações”, acrescentou.

A vice-presidente regional também abordou as possibilidades que um estado agrícola como Mato Grosso pode explorar no mercado russo. “O embaixador destacou o interesse da Rússia por alimentos, mas sugeriu que Mato Grosso diversifique suas exportações, incluindo produtos manufaturados, além de matérias-primas”, relatou.

Ela questionou ainda se a Rússia planeja seguir a recente Lei do Desmatamento da União Europeia, que visa proteger o meio ambiente. O embaixador explicou que a Rússia não adota essa legislação por não fazer parte do bloco europeu, o que representa uma oportunidade comercial para o Brasil. Em relação à exportação de carne, o embaixador recomendou que Rosana conversasse com Marco Túlio, adido agrícola em Moscou, para tratar de questões ligadas às sanções.

O presidente da Facmat, Jonas Alves, comentou que a visita da vice-presidente Rosana Dourado à embaixada brasileira em Moscou marca um passo importante para a Facmat. “Esse diálogo reforça nossa visão de que as Associações Comerciais têm um papel fundamental na ampliação de parcerias internacionais e no fomento do desenvolvimento de Mato Grosso. Estamos comprometidos em apoiar nossos empresários no acesso a novos mercados e acreditamos que a Rússia pode ser um parceiro estratégico para nossos produtos e serviços”.

Outros pontos discutidos incluíram o interesse russo em importar frutas brasileiras e a possibilidade de intercâmbio estudantil focado em tecnologia e inovação, especialmente no âmbito das iniciativas do BRICS, grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul para fomentar o desenvolvimento e a cooperação entre esses países.

“Há imensas oportunidades para o comércio, intercâmbio educacional e turismo. A embaixada está pronta para colaborar com todos que desejem explorar essas possibilidades”, concluiu Rosana, que, ao final da visita, presenteou o embaixador com um pacote de café Araguaia, produto típico de sua região.

DA REDAÇÃO

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Agro News

Sicoob e as 14 regiões produtoras de café do Brasil: uma parceria em prol da valorização do café brasileiro

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Novembro de 2024 – O Sicoob, instituição financeira cooperativa, por meio da Lei de Incentivo à Cultura é patrocinador do livro “A Revolução do Café Brasileiro – Regiões com Indicação Geográfica”, que apresenta as 14 regiões produtoras de café do Brasil com Indicação Geográfica (IG). O lançamento ocorrerá durante a Semana Internacional do Café–SIC, em 22 de novembro de 2024, às 15h, em Belo Horizonte–MG.
A obra explora as características de cada uma das regiões produtoras, destacando suas particularidades, métodos de cultivo e processamento, além dos perfis sensoriais de cada um dos produtos. O objetivo é proporcionar uma visão abrangente da cadeia produtiva, desde a plantação até a xícara.
A Indicação Geográfica (IG) é uma certificação que garante a origem geográfica de um produto ou serviço, atestando suas características únicas ligadas ao local produção. Ao vincular um produto a um determinado território, a IG confere a ele uma reputação e um valor agregado, diferenciando-o no mercado e protegendo sua identidade.
“Para o Sicoob, participar dessa obra é muito mais do que demonstrar apoio a um projeto nacional, porque a iniciativa é convergente com o nosso compromisso de contribuir para o desenvolvimento do país, impulsionando o empreendedorismo e gerando prosperidade e bem-estar nas diferentes regiões brasileiras. Valorizamos o impacto positivo da cultura cafeeira, que, para além da repercussão econômica, é aliada da sustentabilidade e transforma a realidade de milhares de famílias brasileiras”, ressalta Ênio Meinen, diretor de Coordenação Sistêmica, Sustentabilidade e Relações Institucionais do Sicoob.
Semana Internacional do Café (SIC)
A SIC é um dos maiores eventos globais dedicados ao café e um dos principais encontros da cadeia produtiva do produto brasileiro. Realizada anualmente, a feira reúne produtores, exportadores, torrefadores, baristas, especialistas e amantes do café de diversas partes do mundo.

 
Sobre o Sicoob

Instituição financeira cooperativa, o Sicoob tem mais de 8,3 milhões de cooperados e está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal. Oferece serviços de conta corrente, crédito, investimento, cartões, previdência, consórcio, seguros, cobrança bancária, adquirência de meios eletrônicos de pagamento, dentre outras soluções financeiras. É formado por 331 cooperativas singulares, 14 cooperativas centrais e pelo Centro Cooperativo Sicoob (CCS), que é composto por uma confederação e um banco cooperativo, além de uma processadora e bandeira de cartões, administradora de consórcios, entidade de previdência complementar, seguradora e um instituto voltado para o investimento social. Ocupa a primeira colocação entre as instituições financeiras com maior número de agências no Brasil, com mais de 4, 6 mil pontos de atendimento, e, em mais de 400 municípios, é a única instituição financeira presente. Acesse www.sicoob.com.br para mais.

DA REDAÇÃO

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