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OVOS/CEPEA: Após cinco meses em queda, exportações reagem em julho

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Cepea, 10/8/2018 – Depois de recuarem por cinco meses consecutivos, as exportações brasileiras de ovos in natura aumentaram em julho, atingindo os maiores volume e receita em dólar desde fevereiro de 2018. Conforme dados da Secex, o Brasil exportou 487,7 toneladas do produto no mês passado, quantidade 165,35% maior que a embarcada em junho (183,8 t). Segundo pesquisadores do Cepea, além do volume, o câmbio também contribuiu para elevar a receita do setor. Em julho, o dólar teve média de R$ 3,83, a maior desde fevereiro de 2016. Assim, o montante obtido com os embarques aumentou significativamente no mês passado, somando R$ 1,920 milhão – contra R$ 727,42 mil em junho. Nesse cenário, as exportações de ovos in natura em 2018, que somavam 3.755 toneladas até julho, já superam em 40,1% as do mesmo período de 2017, mas permanecem bem abaixo dos embarques do mesmo período de 2016, de 6.738 mil t. Fonte: Cepea – www.cepea.esalq.usp.br

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Exportações de café não torrado já passam de R$ 6 bilhões em abril

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As exportações brasileiras de café não torrado bateram recorde nos primeiros 17 dias úteis de abril de 2025, com faturamento de R$ 6,15 bilhões. O valor já supera todo o registrado em abril de 2024, que somou R$ 5,23 bilhões, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). Isso representa um salto de 52,4% na média diária, que passou de R$ 237,7 milhões no ano passado para R$ 362,2 milhões este ano.

O crescimento do faturamento foi puxado pelo aumento expressivo no preço médio do grão, mesmo com recuo no volume exportado. A média diária de embarques em abril de 2025 ficou em 8.817 toneladas, uma queda de 23,7% em relação às 11.550 toneladas diárias registradas em abril de 2024. No total, foram exportadas 149,9 mil toneladas até agora, contra 254,1 mil toneladas em todo o mês de abril do ano passado.

O preço médio da tonelada de café não torrado disparou e chegou a R$ 41.079, frente aos R$ 20.583 praticados no mesmo período de 2024 — alta de 99,6%. Essa valorização reflete o aumento da demanda internacional, especialmente da China, ao mesmo tempo em que outros países produtores enfrentam quebras de safra e dificuldades logísticas.

No segmento de café torrado, extratos, essências e concentrados, o desempenho também foi positivo em faturamento. Mesmo com queda no volume exportado — 6.991 toneladas este ano contra 8.995 toneladas em abril de 2024 — o valor total arrecadado cresceu. Foram R$ 525,7 milhões nos primeiros 17 dias úteis deste mês, frente a R$ 459,4 milhões em todo abril do ano passado.

A média diária de faturamento com esses produtos subiu 47,8%, passando de R$ 20,9 milhões em 2024 para R$ 30,8 milhões em 2025. O preço médio da tonelada de café torrado também valorizou: saltou de R$ 51.071 no ano passado para R$ 75.046 este ano — um ganho de 46,9%.

O cenário reforça o papel do Brasil como principal fornecedor de café do mundo. Mesmo com menor volume disponível, a alta no preço tem sustentado e até ampliado as receitas do setor. Para o produtor, o recado é claro: a valorização internacional do café pode compensar a redução nos embarques, e abre espaço para boas negociações, especialmente com a demanda asiática em crescimento.

Fonte: Pensar Agro

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Mercado aquecido e clima adverso podem levar a falta de soja

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A colheita da soja 2024/25 está praticamente encerrada no Brasil, com mais de 95% da área já colhida. Mas, apesar de o país estar diante de uma safra recorde, o mercado começa a demonstrar preocupação com a disponibilidade do grão nos próximos meses. Especialistas alertam que a combinação entre perdas climáticas e demanda acelerada pode levar a um cenário de oferta apertada mais cedo do que se imaginava.

Segundo estimativas da Conab, o Brasil deve colher 167,9 milhões de toneladas nesta temporada – volume historicamente elevado, mas abaixo do que se previa no início do ciclo. A maioria das consultorias projetava uma safra superior a 170 milhões de toneladas. A quebra, causada principalmente por irregularidades climáticas em estados como Rio Grande do Sul, Piauí e Mato Grosso do Sul, surpreendeu o mercado.

A expectativa era de uma super safra, mas os dados de produtividade, especialmente no Sul do país, derrubaram os números. A colheita vai terminando com perdas importantes e o mercado já trabalha com estimativas abaixo de 165 milhões de toneladas, apontam analistas.

Ao mesmo tempo, a demanda pela soja brasileira segue firme. A China, maior compradora mundial, tem reforçado sua presença nos portos brasileiros diante da guerra comercial com os Estados Unidos. A concentração das compras por parte dos chineses já pressiona a oferta interna.

Os line-ups (fila de embarques) para exportação estão mais de 20% acima do registrado no mesmo período do ano passado. A soja brasileira segue com forte procura externa, e o Brasil já comprometeu um volume recorde com exportações. Consultorias estimam que o país poderá exportar entre 106 e 109 milhões de toneladas nesta temporada, puxado principalmente pelo apetite chinês.

No mercado interno, a demanda também cresce. A previsão é de que o consumo doméstico suba de 55,1 milhões para 57,5 milhões de toneladas, impulsionado por uma maior demanda por farelo e óleo, inclusive para exportação. A suspensão das atividades da maior processadora argentina, a Vicentin, aumenta ainda mais o protagonismo do Brasil no fornecimento de derivados.

Com isso, os estoques finais previstos devem ficar bastante ajustados. Estimativas apontam para algo em torno de 3 a 4,5 milhões de toneladas ao fim do ciclo – número considerado apertado diante do volume total movimentado no mercado. Em 2023/24, com uma safra menor, os estoques finais ficaram em 1,64 milhão.

Os prêmios de exportação seguem positivos, inclusive para contratos de entrega no início de 2026. Esse cenário abre espaço para operações de barter e antecipação de compras de insumos, o que tem sido orientado por consultores para garantir melhores condições de troca.

Contudo, o mercado monitora com cautela os rumores de uma possível reaproximação comercial entre Estados Unidos e China. Um eventual acordo pode redistribuir parte da demanda mundial, reduzindo a pressão sobre os estoques brasileiros. Por ora, porém, a dependência da China segue elevada: cerca de 77% das exportações brasileiras de soja já embarcadas este ano foram destinadas ao país asiático – acima dos 71% registrados no mesmo período do ano passado.

Para a indústria brasileira, o risco é real. Com margens de esmagamento ainda atrativas, as processadoras vêm disputando soja com o mercado externo. Desde janeiro, a indústria tem pago valores acima da paridade de exportação em algumas regiões, refletindo a escassez percebida no mercado físico.

Analistas também fazem um alerta sobre a estratégia adotada por parte da indústria de postergar compras para o segundo semestre. “Essa tática pode sair caro. Em ciclos anteriores, a aposta em preços mais baixos acabou se revertendo em compras emergenciais com valores bem acima da média. O cenário atual é parecido: alta demanda, oferta ajustada e risco de falta de produto”, analisam.

Apesar de o Brasil estar colhendo a maior safra de sua história, a combinação entre quebras regionais, exportações aquecidas e consumo interno em alta desenha um cenário desafiador. A disponibilidade de soja para o segundo semestre já preocupa, e produtores, indústrias e exportadores devem se preparar para uma comercialização mais competitiva nos próximos meses.

Fonte: Pensar Agro

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Governo lança programa para recuperar pastagens degradadas

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O governo federal pretende recuperar 40 milhões de hectares de pastagens degradadas nos próximos dez anos. A meta representa quase metade dos 82 milhões de hectares em más condições hoje existentes no Brasil, dentro de um total de 165 milhões de hectares utilizados como pasto. Ao todo, o país ocupa cerca de 280 milhões de hectares com atividades agropecuárias.

A proposta faz parte do Programa Caminho Verde Brasil, lançado nesta segunda-feira (28.04) em São Paulo, com coordenação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa). O foco será a recuperação dessas áreas exclusivamente com práticas de agricultura sustentável, aliando produtividade e conservação ambiental. Para viabilizar a execução, o governo contará com parcerias com outros ministérios, instituições financeiras e representantes do setor.

O Eco Invest, fundo criado para financiar essas ações, prevê a recuperação de 1 milhão de hectares nos biomas da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. A expectativa é realizar novos leilões nos próximos anos, inclusive voltados à Amazônia Legal, e atrair investimentos internacionais.

Segundo o governo, o Caminho Verde Brasil não pretende apenas restaurar áreas improdutivas, mas também melhorar a imagem da agropecuária brasileira no cenário internacional, aumentar a eficiência produtiva e garantir o uso racional da terra, sem necessidade de avançar sobre novas áreas de vegetação nativa.

Durante o lançamento, o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que o Caminho Verde Brasil vai além de uma ação ambiental. Para ele, trata-se de uma estratégia de desenvolvimento que alia produtividade, sustentabilidade e competitividade no setor. “No início, tratávamos essa iniciativa como um simples plano de recuperação de áreas degradadas. Hoje, sabemos que ela tem um papel ainda maior: induzir o desenvolvimento de forma correta e sustentável”, declarou.

O primeiro passo prático do programa foi dado com a realização do primeiro leilão do Eco Invest, que vai direcionar recursos para restaurar ao menos 1 milhão de hectares em regiões da Mata Atlântica, Cerrado, Caatinga, Pampa e Pantanal. A ideia é que esse modelo de leilão seja replicado em outras áreas, incluindo a Amazônia Legal, onde também há grande presença de terras degradadas.

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que o Caminho Verde Brasil está alinhado às metas climáticas do país, como a redução das emissões de gases do efeito estufa e o compromisso de alcançar o desmatamento zero até 2030. Segundo ela, o programa se apoia em instrumentos financeiros que permitem recuperar áreas degradadas de forma duradoura, restaurando o solo e os sistemas hídricos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o programa está sendo integrado às políticas econômicas do governo, inclusive nos Planos Safra. Para ele, a sustentabilidade já não é mais uma agenda paralela, mas parte da estratégia central de desenvolvimento do país. “O primeiro Plano Safra já trouxe ingredientes de transformação ecológica, o segundo avançou ainda mais, e quero crer que o terceiro dará passos ainda mais firmes e generosos na direção certa da sustentabilidade”, disse Haddad.

Embora o programa seja coordenado pelo Mapa, sua execução depende da participação de outros ministérios, como o do Meio Ambiente, da Fazenda e das Relações Exteriores, além de parcerias com bancos multilaterais, como o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), e representantes de países interessados em investir em ações de restauração ambiental no Brasil.

Fonte: Pensar Agro

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