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Polícia Civil de Mato Grosso fortalece combate às facções criminosas

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Luciene Oliveira | PJC-MT

Foto: Lenine Martins-Sesp-MT

O avanço da criminalidade organizada é um dos desafios das instituições de segurança pública em todos o estados brasileiros. Em Mato Grosso não é diferente. Nos últimos anos, o enfrentamento às organizações criminosas ganhou atenção especial da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, assim como das Secretarias de Estado de Segurança  Pública (Sesp) e Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), que passaram a atuar proativamente contra as facções criminosas. 

Entre 2017 a 2018, em operações coordenadas pela Polícia Judiciária Civil, por meio de unidades especializadas da capital e interior,  núcleos de inteligência das regionais e ações integradas com outras instituições de segurança, foram presos 913 criminosos, todos identificados como integrantes de facções criminosas.

No ano de 2017 foram 374  membros de facções criminosas presos e em 2018 (janeiro a novembro) já são 539 faccionados. Somados são 913 integrantes de  grupos criminosos presos em ações policiais que visam neutralizar e desmantelar a  criminalidade organizada.

O combate às  organizações é complexo e exige esforços concentrados das forças policiais, como o compartilhamento de informações sigilosas, emprego de técnicas de inteligência e meios tecnológicos nas investigações policiais e até mesmo ação controlada na repressão qualificada das organizações criminosas.

Na análise do delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, o fortalecimento geral da atividade de inteligência, não somente as coordenadas pela Diretoria de Inteligência, mas também dos núcleos de inteligências das unidades especializadas, da capital e interior, foi o maior responsável por grandes operações e desmantelamento de organizações criminosas que atuavam em várias frentes do crime: roubos/furtos patrimoniais (residências, comércios e pessoas), veículos, bancos, defensivos agrícolas,  homicídio, ataques  à servidores e instituições de estado.

“Houve o fortalecimento da Diretoria de Inteligência da PJC, consequentemente,  intensificou a repressão qualificada no que tange aos crimes de organização criminosa e lavagem de dinheiro. A Polícia Judiciária Civil realizou grandes operações ao longo dos últimos dois anos, sendo prova de quando se investe na inteligência policial a redução dos índices criminais é proporcional”, disse.

O delegado geral destacou, ao menos, 90  grandes operações, entre as centenas  desencadeadas pela Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso em 2018. Essas operações, muitas delas tiveram repercussão nacional e estão inseridas em mais de 2 mil ações repressivas, resultado de investigações desenvolvidas ao longo do ano.

Foto: Lenine Martins-Sesp-MT

Operação x ação

Diferentes dos trabalhos diários, que acabam em prisões em flagrantes, as operações sistematizadas são oriundas de meses de investigações sigilosas em cima de crimes complexos, sejam eles: homicídios, latrocínios, bancos, defensivos, tráfico de drogas, organização criminosa, administração pública, consumidor, meio ambiente, patrimoniais (veículos, residências e comércios), violência sexual e doméstica, entre outros.

Uma operação emprega recursos especiais e efetivo diferenciado, ao contrário do que ocorre no dia a dia. Todos esses recursos utilizados em trabalhos investigativos da Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso, por meio de unidades especializadas como a Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diretoria de Inteligência, núcleos de inteligências de delegacias do interior e capital, também resultaram em centenas de prisões em flagrante, apreensões diversas de grandes soma de dinheiro, veículos, drogas, eletrônicos, defensivos, armas de fogo, munições, produtos dos mais variados.

Ações são aquelas resultantes do trabalho ordinário das unidades policiais. São atividades concretas, fundamentadas no poder de polícia que são executadas direta e imediatamente pela administração, sem recorrer a qualquer outro poder.

Descapitalizar as organizações

Coletiva Operação Red Money

A operação Red Money é uma dessas grandes investigações realizadas em 2018, voltada a descapitalizar as organizações criminosas. O trabalho visou desestruturar a base financeira de uma facção criminosa que age de dentro de presídios em Mato Grosso.

“As investigações só têm o cunho de efetividade completo quando não só prendemos e investigamos, mas também quando tiramos o poder pecuniário das organizações criminosas”, analisa o delegado geral.

Os criminosos investigados na operação eram responsáveis pela arrecadação financeira e movimentação de valores pertencentes à facção criminosa. A movimentação financeira da organização criminosa, no período de um ano e meio, chegou a cerca de R$ 52 milhões,  entre entradas e saídas nas contas bancárias verificadas.

A operação é  marco investigativo na Polícia Judiciária Civil de Mato Grosso.  Em duas fases, realizadas, a primeira em agosto e a segunda em outubro, o conjunto probatório de provas levantados ao longo de mais de 15 meses de investigações indiciou 113 pessoas envolvidas com a facção criminosa.  

Durante a investigação foram expedidos 110 mandados de prisão preventiva, sequestro de 23 imóveis, incluindo uma fazenda no município de Salto do Céu, apreensão de cerca de R$ 60 mil, em joias, bloqueio e sequestro de valores em contas bancárias, além de apreensão de dinheiro em espécie, atingindo a aproximadamente R$ 730 mil.

Do patrimônio sequestrado e apreendido, estão à disposição da Justiça 21 automóveis, 18 motocicletas, 05 caminhões e 01 semi-reboque, além de 6 empresas interditadas que  tiveram sua atividade econômica suspensa perante os órgãos competentes.

“Investigações como essa demonstram que os inquéritos policiais estão sendo conduzidos de forma mais qualificada. A eficiência dessas investigações se reflete nas prisões e na sua manutenção. Vemos claramente que as decisões são mantidas por conta das provas técnicas/robustas obtidas no decorrer desses trabalhos”, assevera o chefe da PJC, Fernando Vasco.

“Devemos fomentar isso em todas as unidades para que passem a ser uma rotina das delegacias de polícia, ou seja, fazer a investigação completa e também o afastamento do sigilo financeiro, fiscal e a recuperação dos ativos, não encerrar na prisão. Temos que avançar nesse trabalho até a recuperação de todos os valores que adquiriram em proveito do crime”, acrescentou o diretor de inteligência da PJC, Juliano Carvalho.

Operações

Entre as Operações deflagradas estão: Panóptico 2,3,4, Regressus, Camaleão, Segregare, Crepitus 1,2, Vendaval, False Flag, Omega 2 (GCCO); operação Ares Vermelho (DERRFVA), Red Money (Diretoria de Inteligência e GCCO), 10º Mandamento e Fidúcia (Barra do Garças), Crepitus (Guarantã do Norte), Arsenal (Água Boa), Tumultos e Purgato (Alto Araguaia), Crédito Podre 1 e 2, Berere, Rota Final, Sodoma V, Loke, Ippon, Sangria, Mão Dupla (Defaz); Parceiros e Organización (Defron Cáceres); Impactos (São José do Rio Claro), Maat, Vindica, Sangue Inocente  e Pena de Morte (DHPP); Impacto (Lucas do Rio Verde), Conectados e Insurgentes (Primavera do Leste); Spot, Ecstasy, Captare (DRE); Decretados, Elos, Raptor (Derf de Várzea Grande); Etanol(Campo Novo dos Parecis); Polygonum, Frigoríficos e Metal das Nuvens (Dema); De Olho na Bomba, Posto Clone, Olho Vivo e João de Barro, Gás Legal, Medida Certa (Decon), TNT, Dermarch, Cavalo de Troia, Maníaco da Garrafada (Derf Cuiabá); Cerberus (Chapada dos Guimarães);Trem Bala, OLX e Luger (Pontes e Lacerda); LOX (Derf Rondonópolis), Spatium (Juína); Luz da Infância (nacional/Gecat), Cronos, Midas (Nacional), além de muitas outras.

 

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Operação Pingo d’Água prende foragidos da Justiça e apreende arma de fogo na zona rural

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A Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Confresa encerrou, nesta sexta-feira (13.12), a Operação Pingo d’Água para cumprir mandados de buscas e de prisões contra foragidos da Justiça que ainda tem processos em andamento.

Na residência de uma mulher de 26 anos, na zona rural, foi apreendida uma arma de fogo, de calibre 22 e munições de calibre 32. Segundo ela, a espingarda é de seu marido, que não estava no local. A mulher foi detida em flagrante pelo crime de posse irregular de arma de fogo.

Outros dois mandados foram cumpridos, também em Confresa, de pessoas que tiveram a prisão definitiva decretada após sentença condenatória transitada em julgado, ou seja, que não cabe mais recurso. Um dos procurados era foragido de Goiás, onde teve a prisão decretada pelo crime de roubo. Outro preso é de Confresa, condenado por tráfico de drogas.

O delegado Luiz Humberto Mendes, que responde atualmente pela Derf de Confresa, destacou a realização da operação como um reforço investigativo da Polícia Civil para a manutenção da ordem pública e a sensação de segurança à população local.

Cachanga

A operação desta sexta-feira é um desdobramento da Operação Cachanga, de outubro deste ano, quando a delegacia especializada cumpriu 17 mandados judiciais contra investigados por crimes patrimoniais e porte ilegal e posse irregular de arma de fogo. Cinco pessoas foram presas em flagrante na ocasião.

A Operação Cachanga resultou na apreensão de diversos objetos furtados, como eletrodomésticos, ferramentas, materiais de obras, carretinhas, arma de fogo, mais de R$ 13 mil em dinheiro e de dois veículos utilizados nos crimes.

Durante investigações sobre uma série de furtos no município, os policiais da Derf conseguiram identificar suspeitos e também pontos que eram utilizados pelos criminosos para guardar os objetos de crimes.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Polícia Civil recupera moto furtada e apreende autor do furto

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Um adolescente suspeito de furtar uma motocicleta, em Tapurah, foi apreendido em flagrante pela Polícia Civil, nesta sexta-feira (13.12). O veículo subtraído foi localizado na zona rural do município.

As diligências iniciaram logo que a Delegacia de Tapurah foi comunicada sobre o furto da moto, ocorrido em uma fazenda, na noite de quinta-feira (12.12).

Com base nas informações repassadas pela vítima, foi possível identificar o autor do delito, sendo o menor já reincidente no ato infracional.

Em seguida os policiais civis foram até o endereço do adolescente. Ele foi entrevistado, e acabou confessando, indicando onde havia ocultado a moto.

A motocicleta foi recuperada e o menor apreendido por ato infracional análogo ao crime de furto.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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Operação Venda Cancelada apreende armas e veículos de investigados que usaram revenda de carros para o tráfico

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Armas de fogo, munições, carregadores e veículos foram apreendidos durante o cumprimento de mandados da Operação Venda Cancelada, da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes, nesta quinta-feira (12.12), em Sinop. A investigação da DRE apura o uso de uma empresa de revenda de veículos para o tráfico de entorpecentes.

Foram cumpridas duas prisões preventivas de dois investigados e quatro mandados de busca e apreensão em residências e na garagem de veículos. Também foram bloqueadas contas bancárias de cinco alvos da operação.

Na revenda de veículos do principal investigado, que está foragido, a equipe da delegacia especializada apreendeu cinco carros que não tem comprovação de origem lícita.

Em outras residências, os policiais da DRE apreenderam uma espingarda, carregadores e mais uma pistola.

Ligação com facção

Em outubro deste ano, a equipe da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Sinop deflagrou a Operação Codinome Fantasma e apreendeu um veículo e uma faca na casa de um dos alvos, que é integrante de uma facção criminosa que age no tráfico e lavagem de dinheiro. A Polícia Civil verificou que o veículo estava em nome do dono da garagem investigado na operação da DRE.

O delegado Caio Fernando Albuquerque explicou que o veículo liga o principal investigado da Operação Venda Cancelada a um dos alvos da Codinome Fantasma. O veículo está em nome de W.R.P., dono da garagem de veículos investigada pela DRE.


Apreensões de outubro: veículo encontrado com membro de facção está em nome do dono da garagem

A investigação da Derf de Sinop identificou um esquema de lavagem de dinheiro do crime organizado a partir de uma distribuidora de gás e água. A delegacia apurou a movimentação de dinheiro do tráfico de drogas que era lavado por uma grande distribuidora de gás e água de Sinop, que o devolvia à organização criminosa dando a aparência de licitude para a atividade ilegal.

Garagem usada no tráfico

A investigação da DRE teve início a partir da apreensão de 210 tabletes de maconha, em junho deste ano, quando uma caminhonete foi interceptada pela Polícia Civil na MT-010, no Distrito de Nossa Senhora da Guia. O veículo era conduzido por H.S.A., de 38 anos, que acabou confessando o transporte da droga.

A partir das informações reunidas no inquérito policial, a DRE identificou a cadeia de supostos proprietários da caminhonete apreendida e um esquema envolvendo a garagem de veículos em Sinop.

“A investigação chegou ao proprietário da garagem e identificamos que as vendas orquestradas da caminhonete flagrada com o entorpecente voltavam novamente a ele. Ou seja, a intenção no esquema era adquirir veículos e colocá-los à disposição do tráfico de entorpecentes”, explicou o delegado Caio Fernando.

As diligências da DRE comprovaram que o dono da garagem comprou o veículo de uma empresa que fez a negociação, por meio de uma procuração pública, em nome de um funcionário da revenda de carros, para que o veículo retornasse a ele. Ou seja, a revenda da caminhonete entre a garagem e o comprador foi uma simulação criada para dar crédito ao negócio ilícito e, em caso de apreensão pela polícia com entorpecente ou outra conduta ilícita, nenhum deles fosse atingido.

Informações financeiras reunidas na investigação demonstraram movimentações atípicas em contas bancárias em nome dos três investigados – dono e funcionário da garagem de veículo e o suposto comprador da caminhonete.

A garagem, que foi constituída com capital social informado de R$ 100 mil e faturamento médio mensal de 19 mil. Contudo, em pouco menos de um ano, a conta da empresa teve créditos somados em mais de 5 milhões de reais.

Fonte: Policia Civil MT – MT

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