Assessoria | PJC-MT
A repressão aos roubos e furtos de defensivos agrícolas, principalmente, os falsificados resultou na apreensão de mais de R$ 5 milhões de produtos. Foram apreendidos 23.130 mil litros e 500 quilos, de veneno falsificado, e recuperados 6.240 litros e 224 quilos de produtos roubados ou furtados de propriedades rurais.
As apreensões foram desenvolvidas em ações conjuntas da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) com as delegacias do interior e também com informações da força-tarefa composta pela Polícia Judiciária Civil (GCCO), Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF), Polícia Militar (PM) e Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh).
No cenário das ocorrências registradas em propriedades rurais, de janeiro a novembro de 2018, foram 63 roubos e furtos, sendo 58 na forma consumada e 5 tentados. O furto sem violência ou grave ameaça foi a modalidade mais usada, sendo 37 furtos consumados e 3 tentativas.
Conforme as investigações, a maioria dos delitos foi praticada no período noturno com arrombamento de cadeado, porta ou paredes. Em um dos casos, os criminosos aproveitaram um veículo acidentado para furtar a carga embarcada. Os municípios que tiveram incidência são os pólos produtores de Mato Grosso como: Nova Mutum, ocorrências, Lucas do Rio Verde, Guiratinga, Diamantino, Claudia, Rondonópolis, Campo Verde, Primavera do Leste e Nova Ubiratã.
Quarta-feira e sábado foram os dias em que as quadrilhas mais agiram. Uma das razões seria o fato dos produtos ficarem em galpões, distantes das sedes das fazendas, tornando o local pouco vigiado, o que na contrapartida tem feito muitos dos proprietários investirem em sistemas de monitoramento de câmeras.
O delegado titular da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Diogo Santana, explica que a repressão foi fortalecida por meio de parcerias com a Aprosoja e a Associação dos Produtores Rurais, tanto na comunicação mais rápida das ocorrências, quando na concentração de dados, e ainda dos setores de segurança das indústrias na identificação do produto falsificado.
“O defensivo é sazonal. Sempre no final do ano quando começa o período de plantio, temos um aumento das ocorrências de defensivos. A dificuldade nossa é atender as ocorrências em todo o estado”, disse o delegado.
Um ponto que dificulta o trabalo de investigação, analisa o delegado-adjunto da GCCO, Luiz Henrique Damasceno, é a extensão do território de Mato Grosso. “Isso dificulta as investigações de combate à roubos e furtos de defensivos. Embora haja ocorrências que ainda são objeto de investigação, houve significativo aumento das ações da GCCO nesta área, por isso, os bons números apresentados”, avalia.
Em 2019, de acordo com o delegado Diogo Santana, a Gerência deve colocar em prática a descentralização das investigações das ocorrências, o que muito já acontece pelas delegacias dos locais dos roubos e furtos. Mas a ideia é ter policiais ligados a Gerência, com treinamento próprio para esse tipo de ocorrência, nas unidades dos municípios com maiores incidências.
“O policial que está na cidade conhece melhor quem está na região, sabe melhor quem são os ladrões, pessoas que exploram os roubos e furtos de defensivos e acreditamos que será mais eficaz e célere que se tivermos unidades descentralizadas de combate a roubo e furtos de defensivos, mas vinculadas ao GCCO”, afirma Diogo Santana.